quarta-feira, 10 de julho de 2013

Documentário argentino questiona métodos arcaicos da educação

A Educação Proibida, documentário argentino que questiona os métodos arcaicos da educação, é o destaque na programação adulta da 12ª Mostra de Cinema Infantil nesta segunda-feira. Visto 8 milhões de vezes no YouTube, o filme será apresentado no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, às 8h30min. 

Após a sessão aberta ao público, o diretor argentino German Doin participará de um bate-papo com a plateia, mediado por Mônica Fantin, autora de Crianças, Cinema e Educação: Além do Arco-Íris e parte do júri oficial da Mostra.

Com fortes críticas a currículos escolares e ao anacronismo da educação, A Educação Proibida propõe experiências de ensino diferentes e vem gerando debates em vários países. German ouviu mais de 90 educadores de propostas educativas alternativas da Ibero-América (Argentina, Uruguai, Chile, Peru, Equador, Colômbia, México, Guatemala e Espanha) e questiona as bases e os métodos da educação ocidental, baseada num sistema competitivo de qualificações.

O documentário chega ao Brasil logo depois da ida do povo às ruas exigindo, entre outras demandas, uma educação de qualidade. E a realidade mostrada no documentário é a de um modelo que não conseguiu se modernizar e se mantém o mesmo há 200 anos com o professor transmitindo o conhecimento e cobrando por meio de provas.

Financiamento coletivo viabilizou filme
Um dado importante para o sucesso do filme é que ele foi financiado coletivamente (via crowdfunding). Pouco mais de 700 pessoas se tornaram coprodutoras e divulgadoras espontâneas do material. 

O vídeo usa uma licença creative commons, que permite a reprodução desde que para fins não-lucrativos e compartilhamento pela mesma licença. É possível encontrar as legendas em vários idiomas.

Confira o site oficial do documentário em educacionprohibida.com

A educação segue em pauta na Mostra de Cinema às 14h de segunda-feira, com o tema Escola e Audiovisual. Participarão do debate o secretário municipal de Educação, Rodolfo Joaquim Pinto da Luz; a coordenadora geral de Cultura e Educação do MinC, Carla Dozzi; Maria Angélica Santos, do Programa de Alfabetização Audiovisual; Fabiana Marcello, da UFRGS; e Patrícia Durães, do Clube do Professor-Cinespaço.

Algumas propostas para a educação apresentadas no documentário  

— Conteúdo-conhecimento não é a coisa mais importante, a informação não é correta para sempre, ela pode variar. O ideal é aprender a aprender, aprender a distinguir, interpretar por si só, tudo é relativo, de acordo com o contexto.

— O desempenho não é o mais importante, deve haver um objetivo a atingir. O importante são os objetivos pessoais e apreciar o processo em harmonia, o crescimento e a aventura de progredir. Em sala de aula não deve haver nenhuma hierarquia, para não se transformar em uma jaula. O professor não é superior ou tem o direito de dar ordens, é um companheiro, um guia que promove a democracia, a autonomia, a diversidade.

— O sistema de qualificações não funciona. O esquema é de autoprofecias cumpridas. A pedagogia é uma ciência social que não pode ser medida numericamente. Avaliação é um processo.

— Os valores não são para ser ensinados, mas para ser vividos. A cognição de valores e conhecimento é baseada em emoções, a melhor maneira de educar é pelo exemplo.

— As lutas de poder e a competitividade causam danos para a criança. Há que democratizar a sala de aula. Torná-la um lugar participativo, cheio de paz.

Críticas feitas pelos educadores
"As escolas e os colégios na América Latina não são mais do que espaços de tédio e aborrecimento. Um professor diante de uma classe em pleno século 21, isso não tem o menor sentido", Carlos Alberto Jiménez Vélez, neuropedago, Colômbia

"Por que o estudante fracassa na escola? No meu entendimento, não é o estudante que fracassa, mas o sistema que está fracassando. O aluno não aprende a ler compreensivamente, não aprende as operações matemáticas, ele aprende muito pouco. A reforma educacional é um problema de concepção básica", Carlos Calvo Muñoz, doutor em educação, Chile

"O conhecimento está mudando permanentemente, mas os sistemas educativos não acompanham as mudanças", Vicky Colbert, da Fundação Escola Nova, Colômbia.

"Todo mundo fala em paz, mas não se educa para a paz. Nossa educação estimula a competitividade, onde há ganhadores e perdedores", Pablo Lipnizky, Colégio Mundo Montessori, Colômbia.

terça-feira, 2 de julho de 2013

iAulas: mais de 12 mil apostilas e cursos virtuais gratuitos

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