quarta-feira, 30 de março de 2011

Em breve, pais decidirão: dar uma pilha de livros ou um tablet aos filhos

Acervo, em formato digital, de obras voltadas a crianças e adolescentes cresce. Para educadores, leitura no dispositivo não traz prejuízos ao aprendizado


Por Nathalia Goulart

Crianças com iPad (Thomas Tolstrup/Getty Images)

O escritor italiano Italo Calvino dizia que clássicos são os livros que propagam valores universais e despertam emoções que, a despeito do tempo decorrido desde a leitura, jamais são esquecidos. "Constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado", escreveu. Cientes dessa riqueza, geração após geração, muitos pais se preocupam à certa altura da vida em reunir esse tesouro em uma estante, presenteando os filhos com uma seleção dos melhores livros. A tecnologia vai adicionar, de maneira crescente, uma questão a essa tarefa: franquear aos filhos uma coleção de livros ou um tablet ou e-reader, o leitor de livros digitais (ebooks), aos quais clássicos e outras tantas obras podem ser adicionados?


Sim, muitos clássicos já estão disponíveis para tablets e e-readers, muitos mais estão a caminho e o mesmo vale para obras contemporâneas que servem à formação e ao deleite de crianças e adolescentes. Em língua portuguesa, já é possível ler nos dispositivos fábulas narradas pelos irmãos Grimm, A Menina do Narizinho Arrebitado, de Monteiro Lobato, e as instigantes aventuras de Julio Verne, como Viagem ao Centro da Terra, entre outros – confira a relação, acrescida de livros de leitura obrigatória da Fuvest. É apenas uma pequena parcela do que já se faz em língua inglesa, por exemplo, que conta com milhares de obras prontas para a leitura. "Estamos próximos da virada digital", afirma Mauro Palermo, diretor da Globo Livros, que até o fim deste ano vai colocar nos tablets todo o seu acervo infanto-juvenil – incluindo os clássicos assinados por Monteiro Lobato. "É um caminho sem volta", diz.

A ideia de tirar o tradicional livro impresso das mãos das crianças e trocá-lo por um iPad, da Apple, ou similar pode assustar os pais. Mas não causa a mesma reação nos estudiosos. Para estes, não existem restrições para leitura na nova plataforma. "O universo digital exerce fascínio nos jovens e, com ajuda dos tablets, pode apresentar a leitura para esse público de forma surpreendente", afirma Marcos Cezar Freitas, pedagogo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Clique aqui para ler a reportagem na íntegra no site da Veja! 

La buena escuela necesita manos


El informe PISA de la OCDE ha venido a demostrar que el aumento, sin más, de la inversión en educación no garantiza la mejora de la calidad. Por eso, en su último informe, sus responsables se afanaron en buscar gastos concretos que compartieran los países que han avanzado. El ejemplo más claro que encontraron es que el aumento de los salarios de los profesores es más eficaz que la reducción de alumnos por clase. Habría que añadirle muchos matices y muchos peros a tal afirmación. Sin embargo, a escala española da igual, pues en España se bajan los sueldos del docente al tiempo que, con toda probabilidad, se aumentará la relación de alumnos por clase.

El grueso del recorte de unos 1.800 millones de euros que las comunidades y el Gobierno han decidido para la educación, en el contexto de crisis económica, lo soportarán los sueldos docentes. Además, en el último mes se han sucedido las protestas por las restricciones de los Presupuestos del Estado en forma de oposiciones docentes con muy poca oferta, un 30% de tasa de reposición: solo se podrán reponer tres de cada 10 bajas.

La última noticia sobre recortes llegó el pasado miércoles: las comunidades ya no tendrán que poner el 50% de los fondos para los 17 programas cofinanciados con el Ministerio de Educación: aumentar las plazas de guardería (Educa3), las clases de refuerzo o la digitalización de las aulas. El Ministerio de Educación pondrá los 510 millones comprometidos, pero las comunidades tendrán un balón de oxígeno, ya que solo aportarán lo que puedan o quieran.

Eso ocurre en un año en que se prevén numerosas jubilaciones por ser el último en el que los profesores pueden acogerse al retiro voluntario incentivado a los 60 años. Al final, cinco comunidades han decidido suspender las oposiciones u ofrecer muy pocas plazas. Andalucía es la única que ha decidido cubrir todas las bajas, aunque eso signifique recortar aún más la oferta de oposiciones en otros ámbitos de la Administración. Al final, saldrán a concurso este año unas 8.900 plazas, unas 7.000 menos de las que harían falta, según UGT.

Además, los docentes conviven a diario con un goteo de restricciones que varía según las comunidades y que van desde recortes en el transporte escolar a las becas universitarias, la formación del profesorado, las infraestructuras, las actividades extraescolares e incluso el dinero para pagar la luz y el agua.

Clic aquí para leer el artículo completo en la página de El País.

terça-feira, 29 de março de 2011

Redes, um diálogo em construção: Redes e Ações Coletivas

Massa Crítica, por Marcelo Noah



Ilse Scherer-Warren (1999: 06) define rede como “uma articulação de diversas unidades que, através de certas ligações, trocam elementos entre si, fortalecendo-se reciprocamente, e que podem se multiplicar em novas unidades, as quais, por sua vez, fortalecem todo o conjunto, na medida em que são fortalecidas por ele”. A autora resgata a contribuição de Castells em torno das redes sociais estruturantes da sociedade contemporânea globalizada e suas características de intensividade, extensividade, diversidade, integralidade e realimentação.

Está aí embutida a idéia de que a rede poderá assumir um caráter propositivo, tendo em vista o seu efeito multiplicador e conseqüente mecanismo de difusão simbólica de novos valores e de empoderamento dos movimentos. Portanto, a rede desempenha, segundo esta ótica, um papel estratégico, enquanto elemento organizador, articulador, informativo e de empoderamento do movimento no seio da sociedade civil e para relação com outros poderes instituídos (Scherer-Warren, 2001: 09).

Scherer-Warren (1999: 21) destaca que o termo rede tem sido utilizado, atualmente, tanto pela ciência, como conceito teórico ou metodológico, quanto por atores sociais que passaram a empregar essa noção para se referirem a determinado tipo de relação ou prática social.

Por esse motivo, torna-se necessário identificar e analisar as abordagens e utilizações do termo. Metodologicamente, para a análise dos movimentos sociais, o conceito se mostra avançado, tendo em vista a polissemia da noção de rede. O que necessita ser exposto, sempre, quando da utilização do conceito, é o sentido que se dá ao mesmo. “Para investigar e pensar a complexidade da sociedade contemporânea” (Scherer-Warren, 2003: 31), as redes têm se mostrado agentes estruturais de suma importância.

As redes, nas relações sociais, existem desde sempre. Nas ciências sociais, desde a década de 1940, o termo é utilizado. Mas, com o advento da sociedade globalizada e da informação é que se cunhou às mesmas a importância devida e deu-se atenção especial às suas teorias e metodologias.
Neste sentido, Scherer-Warren (2003: 31-32) afirma:

Consideramos este último procedimento [redes como tipos relações e articulações] especialmente frutífero para o entendimento dos movimentos sociais e das ações coletivas. Na sociedade contemporânea, complexa, globalizada, informatizada, três dimensões são importantes para se pensar a perspectiva de redes inerentes à dinâmica dos movimentos sociais: da sociabilidade, da espacialidade e da temporalidade histórica.

Como redes sociais de sociabilidade, podem ser destacadas as que se referem ao “cotidiano”, construídas a partir das “redes primárias”, tais como família, amizades, grupos identitários locais, etc., e entrelaçadas [1] pelas “redes virtuais”, dos meios eletrônicos e da internet. Somadas, como parte do mesmo tecido social, estas redes “vão formando as novas identidades na era da informação”. Ainda de acordo com a autora, “para se entender um movimento social”, é necessário buscar na dupla-face das redes os “elos fracos” e “elos fortes”, que irão mostrar como os sujeitos “se relacionam” e como “atuam”. Leva-se em conta, com isso, também, os conflitos, as reconstruções e até mesmo as dissoluções de redes.

Clique aqui para ler o artigo completo no Centro de Inovação Social dos Araçás!